segunda-feira, 28 de março de 2011

Você precisa DESTE celular?


            A vida sempre traz grandes lições, não é mesmo? Semana passada, por exemplo, aprendi uma nova. Tão especial que nem sei descrever. Pra quem ainda não sabe estou num novo emprego e nesse local ainda me sinto um pouco desconfortável, pela falta daquelas pessoas que mudaram TOTALMENTE o curso de minha vida de 2008 em diante. Senti falta do calor humano que sempre oferecíamos aos novos, enfim.
            Mas o amargo dessa realidade bateu-me à porta de forma culminante na quinta feira 26/05/2011 às 14:00 em ponto, hora de largar do serviço. Ao guardar meus objetos pessoais senti falta de meu celular tosco. Uma porcaria chinesa que comprei bem barato nas Americanas do Passeio. Barato mesmo, nem parcelei (e olhem que sou bem pão-duro)! Procurei na mochila, embaixo da mesa, até lembrar que excepcionalmente naquele dia no refeitório, tinha uma moça de ótimo gosto ouvindo aquela música boa* que já citei em um post bem-humorado do ano passado (‘Fone de celular – Questão de equilíbrio’, confira aqui do lado, no “Arquivo do Blog”). Incomodado, coloquei o meu no colo pra ouvir qualquer coisa que não fosse aquela porcaria, até que ela acabasse de comer. Quando saiu, ali mesmo no meu colo desliguei a fm e terminei minha refeição. Ali mesmo no banco esqueci meu celular.
            O fim do celular é óbvio. A exceção seria o que você usaria pra dizer que estou errado. Ele “sumiu”. Ali, no meio de um monte de outros empregados assalariados. Aproveito essa ocasião pra declarar minha total intolerância ao furto/roubo, uma vez que TODOS no mundo de hoje têm o direito ao trabalho, mesmo os de limitação física ou intelectual especialmente limitada e devidamente diagnosticada. Então quando vejo feirinhas ao ar livre e nela a venda de objetos nitidamente furtados, em especial telefones, que tem por finalidade COMUNICAR-SE (pode haver um assunto sério naquela vida), fico muito irritado. Não é de hoje. Lembro de passar em certo local ‘carente’ e ser abordado por um “vendedor”, que pedia apenas R$50,00 por um celular todo arranhado. Na boa? Não preciso ser tão esperto. Não mereço por as mãos em nada amaldiçoado. Meu celular, por exemplo, nesse momento, está com uma terrível maldição sobre ele. Não por eu ter lançado praga, mas por algo que considero fato:

TUDO AQUILO EM QUE UM LADRÃO BOTA SUAS PATAS PODRES, AMALDIÇOADO ESTÁ.

Seja um copo d’água, a mamadeira do neném, o remédio da mãe, suas próprias mãos quando se lavam...  Entenda-se por ladrão qualquer sinônimo que se enquadre nesse contexto (o esperto que acha e em seguida desliga o telefone merece essa medalha, creio).
            Essa não foi a primeira vez que “dei mole”. Já tive a sorte de ser furtado dentro de casa por um colega de infância que, permiti dividir o espaço por alguns meses. Dar mole é engraçado né? Você tem que sempre partir do princípio que será roubado. Pelo amigo de infância que mora, tem emprego e ganha mais que você; pela colega de trabalho que está na empresa há mais tempo que você, bate metas e é destaque ( mais dinheiro); pela pessoa que finge interesse afetivo na gente, mas visando os bens materiais... É mesmo uma pena, mas algo me diz que ainda vou cair nessa outra vez. Afinal, eu aprendi uma lição, mas não sei qual. E enquanto não clarifica, tenho que viver minha vida com a cabeça mais tranqüila possível, sem me preocupar com os demônios que habitam entre os santos.
            Queria estender mais minhas condenações, mas estou de saída. Preciso comprar um celular MUITO MELHOR do que aquele que me foi tomado. Trabalho muito e mereço esse presente. O que eu não quero apenas é esse tipo de produto.