Desde quando percebi que estava contando, passaram-se 6 anos. Da mesma forma que acho passou rápido, não posso desprezar esse ∆t como se fosse irrelevante, afinal aconteceu tanta coisa... Em menos tempo que esse, uma empresa ‘desiste’ de um cliente que não pagou sua dívida, retirando o nome do indivíduo da restrição dos cadastros criados para tal fim. Uma pessoa que tivesse aplicado numa capitalização básica, em 6 anos já teria resgatado e, se não teve juízo, nem acreditaria que já gastou o tanto que investiu aos pouquinhos por tanto tempo. Mudou o presidente (a) – sei lá como é o certo! E lógico, eu também mudei bastante.
Lembro que num dos últimos e-mails que enviei, mostrei um poema ainda sem rima nem ritmo (o que me atrapalha na hora de fazer dele uma canção). Mas tenho crédito, pois as dezenas de músicas que fiz enquanto aguardava, são levadas à sério pelos meus amigos a quem mostro. São muitas idades, credos, etnias, classes sociais, hetero-sexos, homo-sexos, multi-sexos, enfim. Fico muito feliz quando noto respeito pelas canções que foram feitas com tanto amor durante a espera que acabou no mês passado. Seis anos depois do furacão que destruiu aquela cidadezinha que carrego no peito (hoje uma temível cidade-fantasma onde ainda se lê na entrada “Coração”), uma ligação com voz familiar parecia disposta a saber se sobrevivi. Assim imaginei... Tolinho.
Foi um tal de “saudade” pra lá e pra cá, e recordações íntimas e ótimas, até começarem as decepções recíprocas. Eu (agora mais político, objetivo e mais certo do que mereço na minha vida), não achei que o amadurecimento de idéias está compatível. Pelo contrário, identifiquei claramente nas entrelinhas das propostas, a intenção abominável (pra mim) de virar um belíssimo estepe, um plano B, um segredo guardado por conveniência unilateral. Ouvi algo como ‘ninguém vai se incomodar, nem minha família nem a sua!’. Que altruísmo, estou admirado! Afinal eu sempre me preocupei muito em não decepcionar minha fam... Peraí! Uma ova! Se bem me lembro, sempre estive preocupado em ser feliz! Não necessariamente na base do custe o que custar, mas também não tão ingênuo a ponto de trocar minha felicidade pela dos outros, faça-me o favor! Essa pra mim foi brincadeira, só pode. Eu hein! Nem pensar. Outra vez, nem pensar! Dessa vez foi demais. Dá um tempo.
Será que foi coincidência, este desapontamento seguido de uma série de “sincerocídios” (como disse meu amigo @Will_destilado certa vez)? Vejam se não faz sentido: Eu disse ‘não’ bem convicto para alguém que amei muito (só quando ficou definitivamente claro que nunca serei tratado nessa relação com respeito igual ao que forneço), e logo depois saí fechando as portas pra emoções que têm algum parentesco com esse caso. Obedeci um conselho do Cazuza que diz: “Declarei guerra’ a quem finge te amar”, pra quem só verbaliza repetitivamente “te amo” com a mesma sinceridade de um papagaio de brinquedo; que passa na voz um calor equivalente ao do Google talk. Um sentimento jurado que não aparece nas mínimas coisas, ah... na moral? CHEGA! Primeiro a decisão pessoal de cada um (o que você quer afinal?) e depois disso o casamento entre os decididos pares flui e vida que segue.
Juntem-se de um lado as pessoas que magoam de propósito, as que iludem, trapaceiam, fingem, as que desprezam justamente quem os coloca em primeiro lugar de seu mundo... Beleza. Do outro lado as que esperam a mínima sinceridade, para serem deixadas livres pra tentar mais uma vez, sem se apegar aos membros cruéis do primeiro grupo, pois é em vão. Já disse, vida que segue.
Que horas tem? Hora de acordar, já??? Ah... Tava tão bom sonhar que é fácil resolver essas coisas! Que o Romântico do mineiro Vander Li ruma pra um final feliz urgente, depois de tanto sofrimento na mão dessas pessoas malvadas, kkk. Tá certo então (rs), eu levanto da cama. Só preciso lembrar de não me assustar, porque algo me diz que meu despertador vai tocar... daqui a seis anos.
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