É um momento especial em minha vida. Agradeço a paciência de quem está acompanhando as novidades, por que estou aprendendo a “blogar’ há pouco tempo - mas gostando muito. Percebi logo no primeiro texto, que o pessoal está curtindo esse aprendizado junto comigo. Obrigado. Quando mentes afins comentam, um milagre acontece: Aprendo mais sobre as outras pessoas e claro, sobre mim mesmo. A mente borbulha de idéias e um novo assunto é postado. E pra quem leu até aqui, já que está a um passo de conhecer mais da jovem obra deste “colunista-repórter-amador”, a única exigência que faço (sim, já tenho exigências) é que o título AMADOR não seja esquecido, pois além de não ter cursado essa área, vou dedicar minhas próximas palavras justamente pra dizer o que acho de certas atitudes do jornalismo profissional. Em especial, o televisivo.
Na corrida acirrada pra informar ‘em primeira mão’, não é difícil assistir notícias sobre os planos de inteligência da polícia contra o crime organizado. Disfarces, equipamentos, armamentos, mas também as deficiências nesses mesmíssimos itens. Honestamente, acho que além de desmoralizar a instituição (que já tem explicitada sua remuneração absurdamente incompatível com seu TRABALHO heróico), dá de bandeja de prata ao bandido o mapa da mina. Tirando o famoso vídeo do repórter global Alexandre Garcia, cheio de coerência (corre à boca pequena que essa reportagem teria ameaçado sua carreira, de tão reveladora)¹, sobra apenas uma “cagoetagem” constante a quem não devia saber o secreto. Por que “informar” à população como é o interior de um Caveirão se não iremos entrar em combate? Por que perguntar ao soldado quantos mais estão em campo na ocupação recente do Complexo? “É segredo.” Foi o que ele falou com os olhos, enquanto a boca repetia às perguntas insistentes com secos “eu não sei”. Elogiável! Falando por mim, não me incomodaria ser um mal-informado se isso garantisse a segurança dos outros neutros. Eu não ficaria ofendido nem triste. Ficaria mais tranqüilo acreditando em Serviço Secreto (de verdade) capaz de surpreender os malfeitores, do que vendo toda a informação escorrendo pela tela da TV graças a uma mídia linguaruda (aí sim DEPOIS da justiça feita, a notícia. As acusações, as provas, sem detalhar a tática, pra usar o plano no futuro talvez). É o que acho.
Recado dado aos que fazem cobertura desnecessária de tantos detalhes, sonho agora em ter a chance de um dia perguntar ao outro time, já que perguntas indiscretas não incomodam: Se por um lado os telejornais perguntam demais (e acusam logo de censura a quem tenta pôr um pouquinho de ordem no coreto), por que há quem responda? Por que não fazem como o jovem soldado, que no Complexo nada sabia? Poderiam passar a responder o entrevistador curioso, igual se vê nos filmes: “Essa informação é confidencial.” Pronto. Assim afastaria um pouco as câmeras. Se bem que mesmo de longe a filmagem às vezes atrapalha... É ou não é? Alguém sabe o número certo de fujões naquela cena histórica? Mais de 40, certamente. Aposto que Ali Babá morreria de inveja se visse aquilo. Tava lá: Aeronave, policiais, baratas nojentas e as lentes. E a ONU, creio (em espírito, com seus DH a tiracolo – pra brigar com o Brasil em caso de morte de algum daqueles possíveis inocentes do vídeo). Resultado: Cutucaram o vespeiro e não eliminaram a praga por completo. Ai de nossas fazendinhas. Será no fim vai rolar uma colheita feliz?
Talvez pareça pessimismo da minha parte e sei que posso acabar sendo julgado assim por alguns, mas fala aí: Não seria mais legal ver matérias DETALHADAS com perguntas de saia justa pros políticos que nos desrespeitam diariamente, por exemplo? Nem precisaria ser sobre vida pessoal, não nos interessa, mas o trabalho mal-feito já seria um prato suculento. Poderia também ter informes regulares sobre como incomodar os donos daquelas redes de lojas com 50 caixas na unidade, mas somente 2 operadores que se viram pra matar filas literalmente infernais. E o salário ÓÓóó... É falta empresa desrespeitosa? Não é.
Está aí! Vamos pesquisar juntos algumas leis simples que são diariamente boicotadas contra nós consumidores? Já adianto: Seguros de cartões, Taxa de boleto e Taxa de comanda perdida NÃO PODEM ser cobrados. Eu explico o motivo nas próximas postagens. Informar será provavelmente minha missão no nosso próximo encontro, combinados? Tá certo, então,rs...
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¹ Vídeo do Alexandre Garcia, citado no texto
Nem preciso comentar, né!? Mas digo que assim é o sistema. Eu andei pesquisando na faculdade alguns artigos dos anos 80 e 90: revistas, jornais, arquivos em áudio e vídeo (nas bibliotecas da UFRJ, basta marcar e escolher para assistir). Concluí, após verificações, que a mídia passou a ser um veículo de comunicação do Governo. E creio que tudo isso que a gente viu no Rio há alguns dias não passou de um teatro, para o povo fazer do seu Governador um herói e esquecer um pouco do fato de que o mesmo necessita do dinheiro movimentado com o tráfico, além de outros políticos e gente da nata. Mais uma vez, parabéns pelo blog, meu camarada!
ResponderExcluirBem postado Rodrigo e seu comentário é justo Calazans.
ResponderExcluirMesmo estando em Angola tenho acompanhando pela mídia sensacionalista os registros do nosso cotidiano.
No programa da Ana Maria Braga (bom dia brasil), fiquei surpreso pela sua exploração de um policial do BOPE. Ela fez questão de saber detalhadamente quais equipamentos ele utiliza em suas missões. Foi ridículo; mais ainda quando deixou conhecer ao público que os rádios comunicadores dos policiais do BOPE possuiam localizador por GPS. Fiquei imaginando... se um desses policiais fosse derrubado por um traficante e tivesse toda a sua parafernalha roubada, o único objeto a ser descartado seria o comunicador, pois nenhum traficante gostaria de ser localizado, não é?!
Muitas estratégias de combate ao crime organizado são comprometidas pela liberdade excessiva de expressão da mídia.
Mas, de quem é a culpa? dos que buscam a informação (a mídia) ou dos que vazam a informação (a fonte)?
Pois é, caro Ventura. Eu coloco um terceiro culpado: quem dá audiência. Mas ainda não estudei se esta audiência é fruto de alienação ou de desinteresse coletivo.
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