sábado, 22 de janeiro de 2011
Tornado em Nova Iguaçu
Jogaram sofá no riacho, deixaram pacote de biscoito na praia, "varreram" a calçada com mangueira, foram 'ali comprar pão' de carro e pelo que parece, colocaram no futebol ou BBB toda vez que anunciaram que haveria reportagem sobre nosso planeta. Não tem surpresa NENHUMA. Agora é só colher e comer os frutos; satisfeitos e calados. Parabéns, Raça Humana!
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
O doce, a noveleira (e a moral, onde fica?)
Tenho uma prima que adora novelas. Até aí, nada incrível. Todos conhecem alguém próximo que ainda curte acompanhar as novidades das “vidas” dos personagens de teledramaturgia enquanto janta. O que torna o caso desta minha parenta muito especial é a dificuldade dela em assumir que gosta. A pobrezinha tem a constante preocupação em falar muito mal deste tipo de programa. Que novela só ensina besteira, só tem gente pelada, violência, bla bla bla...
Isso se dá devido à sua religião, que prega fervorosamente contra as imoralidades que a noite traz pelas antenas e cabos de Tv, em especial na programação nacional. Rita , que leva muito à sério os ensinamentos que está aprendendo, faz cara de pesar quando escuta o tema de abertura de alguma novelinha. Desliga o televisor e se tranca no quarto. Isso é tudo que a gente vê. Estranho pros outros, mas eu sei o que acontece lá dentro e como tudo começou.
Não tem ainda 15 dias a vez que tive a sorte grande de flagrá-la assistindo a das sete. Ela não sabia que eu estava em casa, dormindo, porque ganhei uma folga no meu emprego. Certo de que ela ia pra igreja naquela noite, deixei meu sono fluir naturalmente. Até que um barulho na sala me incomodou e levantei pra ver o que era. Rita estava tão concentrada na tela da TV que nem me percebeu. Chegava a falar sozinha. “Geeeeeente”, ela desabafava consigo. Aí não resisti e me fiz presente:
-ENTÃO VOCÊ CURTE ESSA NOVELA TAMBÉM, HEIN, DONA RITA?
Que pulo! E cata controle dali, e controle que cai no chão, e gagueja:
- Eu não! Eu, nada...?! Novela? Que novela?! Eu n-n-não tô vendo... isso! Eu pensei que era propaganda...
Cara, que coisa mais triste, apesar de engraçada. Tem algo pior do que uma
pessoa não assumir um assunto nem pra si mesmo? Ficar se escondendo das outras pessoas achando que assim não está fazendo o que “não devia”? Claro que já cometi erros assim. Certa vez, por exemplo, um arroz doce que foi preparado no auge da dieta que eu fazia, trouxe-me grande perturbação. Toda aquela atração reprimida me fez atribuir todos os males da humanidade à inocente sobremesa cremosa, feita com tanto carinho pela minha avó (que não entendia tanta brabeza minha por causa de um docinho). Aquecimento global, corrupção, guerras históricas, extinção dos dinossauros, a mordida do fruto proibido no Éden... Tudo culpa daquele doce gostosão.
Vivendo e aprendendo. Vendo a felicidade de todos que o provaram, levantei na madrugada. Certifiquei-me que todos os olhos da casa estavam cerrados e gatunamente fui até a geladeira. Só restava um pedacinho muito pequeno, mas tão valioso quanto ouro. Acho que se me ofertassem aquele mesmo peso em ouro naquela hora pra não comer o arroz doce, eu rejeitaria. Prato grande, porção pequena de doce, sede ao pote... Aconteceu o pior possível: Caiu no chão e fez um escândalo e todos acordaram. Que vergonha. Nunca fui proibido de comer nada aqui em casa, e tive medo de ser julgado “indigno” por aceitar de bom grado uma coisa que tanto gosto. Entendi que muito pior foi me sentir um falso-moralista ao ser descoberto com a boca na botija quebrada.
Paralelo traçado, eu e minha prima tivemos o mesmo azar: Fomos flagrados fazendo “escondido” aquilo que repreendíamos publicamente. A diferença é que Rita continua bancando. Comprou há uns 4 dias um celular com TV que tem uma imagem muito ruim no quarto dela. E enquanto o pessoal aqui de casa assiste a novela em LCD na sala, na hora da janta, Rita pensa que não há mal nenhum em repreender algo para sua família e curtir aquilo na encolha, sem nenhum humano ver. Mas aprendi na pele que hipocrisia tem perna curta. Melhor aprender a lidar com seus sentimentos logo, prima, porque aposto que Ele não está gostando nada disso.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Suicídio
O suicídio é uma coisa tão precipitada... Todo mundo sabe que o dia seguinte pode ser "infinitas vezes" mais maravilhoso!!!
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Caninos
Pra poupar seu tempo, assumo logo: Sou um cachorro e gosto de ser bem tratado como tal. Pronto, já posso começar e quem não gosta de cães, pode trocar de página. Qualquer coisa que venhas a ler além dessa linha é por sua conta e risco. Escolha sua. Não sei se sou au-au de nascença ou se foi opção. Mas o que tem pouco tempo é a consciência desta minha sorte. Foi num passeio no Centro do Rio, num museu. Na exposição que visitei havia um ladrilho branco, liso e nele escreveram: “Cachorro não pensa, ama.” Na boa... Curti demais! Sempre simpatizei com o animal, sem notar essa nossa semelhança no comportamento. É perfeito, sei como se sentem! Todos os instintos ficam pra depois. A prioridade é sempre uma certa vontade incontrolável de proteger a criatura amada. É claro que um mínimo de amor deve ser plantado, pra ter o que germinar. Não se planta feijão pra colher goiaba, não é? Pra colher em mim amor, deve-se plantar a semente certa. E esperar pra ver.
Além do mais eu lato e não mordo forte, só de brincadeira. Adoro brincar. Mesmo quando a recompensa é uma bronca de quem amo, é certo o carinho exigido na manhã seguinte – só não pode virar rotina. Minha raça não importa e nem a de quem me cuida. Não é bondade demais, não sou santo. É só um impulso. Não tenho vergonha disso e não ofende falar. Mas por que esse assunto agora? É que tenho novidades, minha gente: Acordei confiante que serei adotado. E sem ter feito promessas! Sou apenas um humilde pacote de vantagens que poucas pessoas notam:
-Lato e não mordo;
-Higiene impecável;
-Meu uivo, nas noites de luar é interno.
- o cio... prefiro não comentar, kkk!
Por essas e outras, deixo uma dica aos que tentarem eventualmente roubar a alegria de outrem {sempre (...) aparece no destino uma pedra, é a Lei de Murphy aplicada aos [nossos] pés*}: Cachorro não é xingamento sempre. Aliás, xingar pra quê? Seria bem mais simples dizer: “Olha, estou de mal com a vida e quero muito que você fique igual a mim.” Isso simplifica as coisas. Dependendo do bom grado, a pessoa pode até ficar carrancuda no ato, sem perguntar o motivo. Só pra te agradar, assim como faz o cão...
Au au!
* Trecho da música "Começa com C, termina com A". Da Banda Pax Vobis. Que vc pode ouvir clicando no link imediatamente abaixo do nome deste blog.
sábado, 8 de janeiro de 2011
Pro afeto.
Lembra-me apnéia a abstinência.
Prendo o quanto posso essa vontade
até por fim a cara ficar roxa.
Vou até o limite e de repente
um golpe violento da saudade
Fere o peito e o mesmo sangra dentro
E mesmo que uma droga inventassem
posso afirmar seguramente
que nada cura como seu abraço.
Prendo o quanto posso essa vontade
até por fim a cara ficar roxa.
Vou até o limite e de repente
um golpe violento da saudade
Fere o peito e o mesmo sangra dentro
E mesmo que uma droga inventassem
posso afirmar seguramente
que nada cura como seu abraço.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Perícia
.
O legista examinava o cadáver e notou
que o coração estava muito espremido na hora do óbito.
Laudo: Morreu de saudade.
.
"Poema curto" de Rodrigo Varanda. Postado em 05/01, porém sentido em 31/12/2010 às 00:01
O legista examinava o cadáver e notou
que o coração estava muito espremido na hora do óbito.
Laudo: Morreu de saudade.
.
"Poema curto" de Rodrigo Varanda. Postado em 05/01, porém sentido em 31/12/2010 às 00:01
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
A loka!
Eu descobri há algum tempo uma coisa e até quero compartilhar com vocês, mas antes exijo um juramento dos leitores homens. Vamos, leia em voz alta: Eu, __________________ ( diga seu nome) Prometo que NUNCA usarei esta incrível descobertas pseudo-científicas em fase de teste para o mal, pois estou ciente que pode causar danos à minha saúde e integridade sexual, inclusive. Trato feito? Começo.
Sempre fui, modéstia à parte, um bom observador. Criado pela minha mãe e com a casa sempre cheia das amigas dela, a conversa ia noite afora em volume alto, não tinha como não ouvir as conversas. Fui crescendo e tive a oportunidade de conviver com mais exemplos de mulher. Trabalhadeiras, desempregadas, engraçadas, tranqüilas, teimosas, prendadas, obstinadas... Incríveis mulheres. Tem também as idosas da minha vida, como alguns de vocês sabem. Mas noto que todas elas (de todos os lugares, idades, cores, aromas) têm uma coisa apavorante em comum. Antes fosse o que as cabeças mais maldosas pensaram nesse momento. É algo tão realmente terrível, que me vejo obrigado a alertá-los, rapazes. Trata-se de uma versão muito assustadora de cada uma delas. Isso é tão sério quanto encontrar ocultismo na letra das músicas que deveriam ser só para baixinhos. Ou como escolher o Yori “incorporado” no TKF... Só que pra chegar nessa versão estranha da mulher é tão fácil que pode acontecer sem querer. Senhores, alerto novamente: Façam o que fizerem na hora da raiva, não unam em sua pronúncia as letras a seguir: L-O-U-C-A ou sinônimo da palavra formada. Pode ser fatal. Já ouvi mais de uma pessoa dizer que viu no jornal o caso de uma moça, doce como brisa de beira de praia, transmutando-se num cachorro do mato extremamente feroz e depois saltar do térreo ao terceiro andar, num prédio do Recreio dos Bandeirantes. Saltou e alcançou em cheio a jugular do ex-noivo que disse que ela era maluca lá de cima, acreditando que estaria a salvo das conseqüências. Não é tão simples assim.
Desculpem meninas. Como disse antes, amo vocês pacas, mas é como Gremmlins, eu acho. Vocês mesmas não sabem o demônio adormecido no meio de toda essa serenidade. E pior, tem mina que parece não lembrar de nada e ainda nos desmentem! Teve uma outra que queria entrar na casa de Heitor, um amigo meu. Ele negou e ainda gritou lá de dentro: Louca! Pra quê? A menina diante da porta ficou peluda, com a voz bem grossa e começou a soprar, soprar e soprar. A casa veio ao chão. A dele e a de seus 2 irmãos. Conta-se essa história até hoje, mas de um modo um pouco distorcido. E ela lembra? Nada, disse que naquela tarde fora apenas visitar sua avó, até onde lembra.
Está dado o recado, mein Freunds, se a briga com a patroa, mãe, esposa, filha, cunhada esquentar, não pode chamar de louca não. Os resultados são piores que qualquer palavrão que você possa dizer. Garanto por experiência própria, por já ter cometido essa asneira. Vivi por sorte ou por destino. Pra passar esse conhecimento a vocês: Por mais que o sangue esquente... MALUCA ou LOUCA não.
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