sábado, 24 de setembro de 2011

Só 10 anos? A parada é mais antiga...


          


      Ainda tem quem se assuste, mas não é o meu caso. Não que eu seja frio ou indiferente ao ocorrido, que foi triste, mas eu realmente já esperava. Pra quem não viu nos jornais, um resumo com cara de manchete de jornal de R$ 0,25 (que atualmente custa R$0,50):

               Garoto de 10 anos atira na professora e depois comete suicídio.


      Antes que comece a ficar tenso, informo logo: totalmente fora de questão nesse post falar mal desse pai, que já sofre e muito. Esse caso, na realidade, me fez lembrar algo que me preocupa em muito dos pais que conheço, de idades diferentes. Uma coisa chamada ausência.
      Não sou pró-ditadura no lar; odeio “Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”( frase que não educa, apenas instiga a curiosidade por ‘aquela coisa boa que ele pode fazer na frente de todo mundo, mas eu não’), mas enxergo com certa clareza a limitação das crianças, que chegam ao mundo com a cabeça vazia de informações, incapazes discernir (como nós adultos fazemos, com os valores que prezamos como massa), o que é real e certo, o que é fantasioso e até mesmo o que é prejudicial. E se essa limitação existe, creio piamente que caberia aos pais superivisionar e orientar a gurizada, no conteúdo que entrará nas cacholinhas da prole através das telas, telinhas, telonas, pois tão influente quanto o EXEMPLO que os pais devem dar sobre o que ensinam, é a programação televisiva. Pra turma que ‘sempre se divertiu com jogos de tiro, mas nunca atirou em ninguém’ convido pra um passeio na minha máquina do tempo. É grátis. Apertem os cintos e venham.
      Ninguém nasceu adulto, lógico (embora eu conheça algumas pessoas que realmente não me permitem imaginá-las como crianças no passado, mas deixa isso pra lá, né não?) Mas e você: O que você queria ser quando crescesse? Você brincava de quê? Eu tinha uns 6,7 anos e queria muito ser dublador de desenhos animados e por isso ‘ai’ das fitas cassetes que estivessem dando mole pela casa. Quando eu precisava, era “REC” em todas. Gravei “programas de rádio” com minha voz até cismar que era cantor... e dá-lhe paródia. Enjoava do rádio e desenhava, criei uns personagens (com total influência do mestre Maurício de Souza) que ainda sei desenhar até hoje, fazia gibis deles. Isso desde o Jardim II, pergunte aos meus pais só! Aí enjoava do papel, Superamigos na Manchete. Cheguei onde queria.
      Quando saía do ‘voando’ banho com minha “capa” no pescoço, era da minha vó que vinha a bronca pra eu parar de brincar de Zorro. Isso porque na geração anterior, os garotos brincavam disso e as mães temiam que eles pulassem de grandes alturas com a certeza que se dariam tão bem quando o justiceiro mascarado. Com o passar do tempo vieram outros heróis de capa que, de fato, nunca se estabacam no chão (ao contrário de algumas crianças que tentaram imitá-los). Sim, as crianças às vezes imitam seus heróis. Surpreso? Lembre-se de você! Você imitava alguém, ora essa! O único problema hoje em dia é que, se por um lado esse herói é representado por um pai/mãe que trabalha com seriedade e vence a luta diária, existe também o Zorro e o Super-homem dos tempos modernos. Refiro-me a personagens com verossimilhança tão bem trabalhada que até pros grandinhos, fica difícil apartá-los da realidade. Eles estão nos games, desenhos e brinquedos gratuitamente violentos que, na verdade nem acrescentam nada àquela cabecinha que ainda com uma mente muito receptiva ao aprendizado com muita qualidade, livre de problemas.


Não que eu seja um expert. Aliás, sou mero espectador do mundo que me rodeia e ainda nem tive a honra de pegar nos braços o neném que receberá meu sobrenome, mas desde já me coloco firme: Prefiro meu filho brincando de LEGO e jogando jogos educativos ou que simplesmente estimulem a leitura e/ou o pensar da criança, do que comendo os plásticos que querem me fazer comprar em cada dia doze de outubro (nada contra Nossa Sra. De Aparecida, prometo). Afinal esses brinquedos são mais baratos que um jogo de videogame de última geração, não gastam luz, dá pra todo mundo brincar junto (família, saca?)... Penso que se é pra ceder e presentear com um brinquedo moderno, porque as crianças gostam mesmo, que pelo menos não seja a prioridade, que não se faça do PC ou da TV uma babá, porque os resultados desta criação pode não ser o esperado. Pode ser o inesperado. O resultado pode ser virar uma triste matéria de jornal de R$0,25 que agora custa R$0,50.
      Preciso repetir o que falei no início, é mais forte que eu: NÃO ESTOU FALANDO DESSE PAI QUE ESTÁ SOFRENDO. Estou falando aos pais que não querem sofrer, e por isso não trocam sua presença física e psicológica por presentes sofisticados. Dos pais que ao invés de se aproveitarem de sua vantagem física pra FERIR seus filhos pequenos, usam as palavras pra orientar. Essa dica me ocorreu junto com a lembrança que um dia os papéis se invertem. Os fortes de agora serão os indefesos e os indefesos estarão adultos. Se os pais trabalham agora em ensinar valores de dignidade, trabalho e amor,colherão os frutos. Os que deixam nas mãos das babás elétricas, podem colher o tal fruto inesperado. Nesse último caso, só me resta desejar boa sorte, se não mudarem a postura. É fácil falar, claro! Eu sei disso, concordo e espero que você já tenha feito isso... Falar, conversar... com seu filhote! E já! Tá lendo o Post ainda?! Vai lá brincar, vai?!


domingo, 7 de agosto de 2011

Tentando


    Eis um curto desabafo! E já que é tudo verdade, acho justo fazer uso das palavras dos meus "mestres" ou pseudo-mestres à distância.
1. Eu só sei que amei, que amei, que, amei, que amei...

    Por esse motivo minha consciência não me acusa de não ter tentado de todas as formas. Lutei. Coloquei tudo que conheço de mim na mesa de aposta por esse amor e perdi tudo. Perdi a saúde física, mental, espiritual, social, lógica... Perdi porque me vendi nos meus valores, esqueci de meus amigos, saúde, educação, dinheiro. Mas nem tudo é só perda, claro. Onde estaria a graça de estar vivo?
    No mesmo jogo eu virei a mesa e ganhei! Afinal perdi alguns medos tolos. Principalmente o medo de demonstrar que amo e do que vão pensar de mim por causa disso. Que delícia é amar, galera... Amei muito e amaria anda mais um pouco se não tivesse terminado. Não que eu não tenha tentado. Todo mundo sabe, todos viram, mas não deu. Eu fiz tudo, mas tudo não servia... Deu certo sim, mas já acabou.
Estou um pouco arrasado ainda, mas eu me conheço. Eu sou um dos bons. Enquanto não enlouqueço de vez, vou me reconstruindo.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Seis anos ( Declare guerra)




Desde quando percebi que estava contando, passaram-se 6 anos. Da mesma forma que acho passou rápido, não posso desprezar esse ∆t como se fosse irrelevante, afinal aconteceu tanta coisa... Em menos tempo que esse, uma empresa ‘desiste’ de um cliente que não pagou sua dívida, retirando o nome do indivíduo da restrição dos cadastros criados para tal fim. Uma pessoa que tivesse aplicado numa capitalização básica, em 6 anos já teria resgatado e, se não teve juízo, nem acreditaria que já gastou o tanto que investiu aos pouquinhos por tanto tempo. Mudou o presidente (a) – sei lá como é o certo! E lógico, eu também mudei bastante.
            Lembro que num dos últimos e-mails que enviei, mostrei um poema ainda sem rima nem ritmo (o que me atrapalha na hora de fazer dele uma canção). Mas tenho crédito, pois as dezenas de músicas que fiz enquanto aguardava, são levadas à sério pelos meus amigos a quem mostro. São muitas idades, credos, etnias, classes sociais, hetero-sexos, homo-sexos, multi-sexos, enfim. Fico muito feliz quando noto respeito pelas canções que foram feitas com tanto amor durante a espera que acabou no mês passado. Seis anos depois do furacão que destruiu aquela cidadezinha que carrego no peito (hoje uma temível cidade-fantasma onde ainda se lê na entrada “Coração”), uma ligação com voz familiar parecia disposta a saber se sobrevivi. Assim imaginei... Tolinho.
Foi um tal de “saudade” pra lá e pra cá, e recordações íntimas e ótimas, até começarem as decepções recíprocas. Eu (agora mais político, objetivo e mais certo do que mereço na minha vida), não achei que o amadurecimento de idéias está compatível. Pelo contrário, identifiquei claramente nas entrelinhas das propostas, a intenção abominável (pra mim) de virar um belíssimo estepe, um plano B, um segredo guardado por conveniência unilateral. Ouvi algo como ‘ninguém vai se incomodar, nem minha família nem a sua!’. Que altruísmo, estou admirado! Afinal eu sempre me preocupei muito em não decepcionar minha fam... Peraí! Uma ova! Se bem me lembro, sempre estive preocupado em ser feliz! Não necessariamente na base do custe o que custar, mas também não tão ingênuo a ponto de trocar minha felicidade pela dos outros, faça-me o favor! Essa pra mim foi brincadeira, só pode. Eu hein! Nem pensar. Outra vez, nem pensar! Dessa vez foi demais. Dá um tempo.
Será que foi coincidência, este desapontamento seguido de uma série de “sincerocídios” (como disse meu amigo @Will_destilado certa vez)? Vejam se não faz sentido: Eu disse ‘não’ bem convicto para alguém que amei muito (só quando ficou definitivamente claro que nunca serei tratado nessa relação com respeito igual ao que forneço), e logo depois saí fechando as portas pra emoções que têm algum parentesco com esse caso. Obedeci um conselho do Cazuza que diz: “Declarei guerra’ a quem finge te amar”, pra quem só verbaliza repetitivamente “te amo” com a mesma sinceridade de um papagaio de brinquedo; que passa na voz um calor equivalente ao do Google talk. Um sentimento jurado que não aparece nas mínimas coisas, ah... na moral? CHEGA! Primeiro a decisão pessoal de cada um (o que você quer afinal?) e depois disso o casamento entre os decididos pares flui e vida que segue.
Juntem-se de um lado as pessoas que magoam de propósito, as que iludem, trapaceiam, fingem, as que desprezam justamente quem os coloca em primeiro lugar de seu mundo... Beleza. Do outro lado as que esperam a mínima sinceridade, para serem deixadas livres pra tentar mais uma vez, sem se apegar aos membros cruéis do primeiro grupo, pois é em vão. Já disse, vida que segue.
Que horas tem? Hora de acordar, já??? Ah... Tava tão bom sonhar que é fácil resolver essas coisas! Que o Romântico do mineiro Vander Li ruma pra um final feliz urgente, depois de tanto sofrimento na mão dessas pessoas malvadas, kkk. Tá certo então (rs), eu levanto da cama. Só preciso lembrar de não me assustar, porque algo me diz que meu despertador vai tocar... daqui a seis anos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A pergunta não cala




            Quando tinha uns 17 anos, desisti de tocar teclado (instrumento que despertou meu interesse pela música) porque era relativamente caro, principalmente pra quem ainda não tinha seu próprio dinheiro. Desistência? Na verdade uma troca. Minha amiga Raquel emprestou seu violão, na época e foi muito interessante. Apesar de canhoto, na primeira noite eu já aprendi a tocar uma canção de uma das bandas de rock mais importantes da cena nacional.

  • É de Brasília.
  • Tinha um poeta fã de Clarice Lispector como letrista e vocalista.
  • As músicas dessa banda fazem sucesso em rodas de violão.
  • O nome da banda começa com L.

A música “Que país é este?”, hit político dos anos 80, serviu como porta de entrada pro mundo da música e das mensagens musicadas também. Afinal, além da simpática melodia muito simples, de notável semelhança com “I don’t care” dos Ramones, não tem como passar despercebido o trecho:

“Terceiro mundo, se for.
Piada no exterior.”

            Até hoje me encanta o verso e me enoja o sistema. Pensei na época algo como: “Isso faz muito sentido, ele tinha razão!”. Infelizmente o Renato foi embora faz um tempo e não é que a coisa está no mesmo pé? Ninguém respeita a Constituição, mas todos acreditam no futuro do Pré-Sal. Que país é este?
            Profissionais responsáveis pela nossa segurança, o Corpo de Bombeiros Militar do estado do Rio de Janeiro vêm travando há dias uma luta épica. Iniciaram (sozinhos) uma mobilização em que exigem condições de trabalho e salário digno, proporcional ao heroísmo que nos oferecem todos os dias, a cada momento desagradável (ninguém chama os bombeiros quando a fumaça é cheirosa e oriunda de um churrasco suculento). Como paga ao movimento, tivemos entre os manifestantes praticamente meio milhar de presos. Presos como VÂNDALOS, segundo as autoridades locais, porque invadiram o QC da instituição. Um erro não justifica o outro, dizem. Pra mim depende. Nesse caso, por exemplo, a coisa só atingiu tamanha gravidade porque como de costume, há alguns séculos, a massa pede, rasteja, implora melhorias na educação, saúde e segurança, sempre na base do amor. E “eles” sempre fingindo que não ouvem. Você pergunta ‘Professores’ e eles respondem ‘Copa do Mundo’. Reclama ‘falta de remédios’ e ganha ‘Olimpíadas’.  Sempre oferecendo escambo pros meus colegas de tribo. E infelizmente há quem aceite. Só me resta no meio de tamanho auê, querer saber: Os verdadeiros vândalos e os criminosos conhecidos de longa data estão presos? Não, sério. Pense pra responder. Mano, Que país é este?
            Há um clamor público: “Pobres de nós nessa hora. Ao invés de paralisar, os bombeiros deveriam voltar a trabalhar e aceitar seus salários de fome, salvando vidas! É pra isso que são [mal] pagos! É a população quem pena com tal conduta”! Acorda, tribo! Como se antes da manifestação estivesse uma beleza. Tendo BBB, Brasileirão e Sexo na TV, fica tudo numa boa?! Talvez até estivesse numa boa, se todos nós pudéssemos curtir a mesma coisa com nossos salários. Mas essa não é a realidade. A população não paga por causa de nossos heróis, que atendem nossos pedidos de socorro ( às vezes falsos [trotes] ou absolutamente desnecessários, como um gato no Shopping Center) e defenderão sempre que for preciso. Pagamos por causa de você-sabe-quem que se faz de surdo diante de nossos pedidos de socorro. Que país é este?
            Podemos ser úteis de novo como povo, como foi na época que escreveram canções como a primeira que aprendi. Somos tão jovens, temos todo o tempo do mundo. Há informação a nosso dispor e internet na palma da mão. Um simples abaixo assinado virtual ou físico é EXTREMAMENTE útil e funcional pra quem já acha que já deu de ser zoado. Longe demais de um partido político, só falo como pessoa física que paga impostos ( altíssimos) a cada compra de produtos originais e que não enxerga o retorno. Passagem cara, comida cara, tudo caro e quando mais preciso de Saúde, Segurança ou Educação, sempre falta uma coisinha... Sorte que temos profissionais MILAGREIROS e que ainda amam suas profissões. Não sei você, mas eu não agüento mais! O brado está mais forte agora. Começou pelos bombeiros, professores e ganha força. Nós merecemos o melhor, poxa. Somos bons, o planeta nos admira. Eu quero ser bem tratado. Afinal de contas, que país é este?   
           

segunda-feira, 28 de março de 2011

Você precisa DESTE celular?


            A vida sempre traz grandes lições, não é mesmo? Semana passada, por exemplo, aprendi uma nova. Tão especial que nem sei descrever. Pra quem ainda não sabe estou num novo emprego e nesse local ainda me sinto um pouco desconfortável, pela falta daquelas pessoas que mudaram TOTALMENTE o curso de minha vida de 2008 em diante. Senti falta do calor humano que sempre oferecíamos aos novos, enfim.
            Mas o amargo dessa realidade bateu-me à porta de forma culminante na quinta feira 26/05/2011 às 14:00 em ponto, hora de largar do serviço. Ao guardar meus objetos pessoais senti falta de meu celular tosco. Uma porcaria chinesa que comprei bem barato nas Americanas do Passeio. Barato mesmo, nem parcelei (e olhem que sou bem pão-duro)! Procurei na mochila, embaixo da mesa, até lembrar que excepcionalmente naquele dia no refeitório, tinha uma moça de ótimo gosto ouvindo aquela música boa* que já citei em um post bem-humorado do ano passado (‘Fone de celular – Questão de equilíbrio’, confira aqui do lado, no “Arquivo do Blog”). Incomodado, coloquei o meu no colo pra ouvir qualquer coisa que não fosse aquela porcaria, até que ela acabasse de comer. Quando saiu, ali mesmo no meu colo desliguei a fm e terminei minha refeição. Ali mesmo no banco esqueci meu celular.
            O fim do celular é óbvio. A exceção seria o que você usaria pra dizer que estou errado. Ele “sumiu”. Ali, no meio de um monte de outros empregados assalariados. Aproveito essa ocasião pra declarar minha total intolerância ao furto/roubo, uma vez que TODOS no mundo de hoje têm o direito ao trabalho, mesmo os de limitação física ou intelectual especialmente limitada e devidamente diagnosticada. Então quando vejo feirinhas ao ar livre e nela a venda de objetos nitidamente furtados, em especial telefones, que tem por finalidade COMUNICAR-SE (pode haver um assunto sério naquela vida), fico muito irritado. Não é de hoje. Lembro de passar em certo local ‘carente’ e ser abordado por um “vendedor”, que pedia apenas R$50,00 por um celular todo arranhado. Na boa? Não preciso ser tão esperto. Não mereço por as mãos em nada amaldiçoado. Meu celular, por exemplo, nesse momento, está com uma terrível maldição sobre ele. Não por eu ter lançado praga, mas por algo que considero fato:

TUDO AQUILO EM QUE UM LADRÃO BOTA SUAS PATAS PODRES, AMALDIÇOADO ESTÁ.

Seja um copo d’água, a mamadeira do neném, o remédio da mãe, suas próprias mãos quando se lavam...  Entenda-se por ladrão qualquer sinônimo que se enquadre nesse contexto (o esperto que acha e em seguida desliga o telefone merece essa medalha, creio).
            Essa não foi a primeira vez que “dei mole”. Já tive a sorte de ser furtado dentro de casa por um colega de infância que, permiti dividir o espaço por alguns meses. Dar mole é engraçado né? Você tem que sempre partir do princípio que será roubado. Pelo amigo de infância que mora, tem emprego e ganha mais que você; pela colega de trabalho que está na empresa há mais tempo que você, bate metas e é destaque ( mais dinheiro); pela pessoa que finge interesse afetivo na gente, mas visando os bens materiais... É mesmo uma pena, mas algo me diz que ainda vou cair nessa outra vez. Afinal, eu aprendi uma lição, mas não sei qual. E enquanto não clarifica, tenho que viver minha vida com a cabeça mais tranqüila possível, sem me preocupar com os demônios que habitam entre os santos.
            Queria estender mais minhas condenações, mas estou de saída. Preciso comprar um celular MUITO MELHOR do que aquele que me foi tomado. Trabalho muito e mereço esse presente. O que eu não quero apenas é esse tipo de produto.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Porque eu sou é homem...

      Hoje fui à praia, assim como no último fim de semana, bem no fim de tarde, por estar no fim de minhas reservas, rs. Entre o posto 8 e 9, em frente à Farme de Amoedo, acreditei que ali estaria protegido das palhaçadas que alguns HOMENS ( nesse texto chamarei HOMEM o humano masculino que com seus atos demonstra que se julga superior ao humano masculino que não é heterossexual) podem aprontar quando diluídos em algumas doses de álcool. Eu parecia estar certo na minha suposição. Tudo ia muito bem até que subitamente o ridículo acontece. Pois pra quem 'acha feio' existirem pessoas de sexo igual, trocando afetos sinceros, faço minha a máxima: Feio é um otário quebrando a cara do outro no meio da praia. Sério. Eu vi as duas coisas ao mesmo tempo na praia, posso falar. De um lado tinha um monte de gays se curtindo na sua, sem brigas, como fazem inclusive nas boates de mesmo público; De outro um trouxa visivelmente bêbado fazendo das suas...
         Isso porque sua namorada gostosíssima tinha um biquini muito enfiado e o nosso HOMEM teve que mostrar sua macheza toda. Mas ao invés de notar o biquini antes de ir à praia, ignorou os notórios trejeitos do outro que, segundo os boatos da praia, teria olhado pra tal moça. Partiu pro braço ( sem "a"). Que o HOMEM tenha sentido ciúmes e cuidado de sua madame ( mas poderia ter feito à dois ANTES, repito), normal, talvez. Se é que é tudo que falavam é mesmo verdade, afinal, boatos são boatos.
             A escrotice atingiu grande escala quando o outro rapaz, fugiu do HOMEM até o mar. Havia uma senhora que banhava os pés no 'rasinho' e perguntou ao HOMEM o que estava acontecendo. O escroto mandou a senhora se f$%(¨*%() e fez gestou obcenos pra praia toda. Voltou ao lugar do outro e pegou seus bens e... Lançou como oferendas pro casal Iemanjá & Netuno ( Tá bom! Poseydon, se preferir). Meio feio, eu achei.
            Amanhã tem mais bloco. Vou de óculos escuros, pro caso de encontrar um machão que ache que  eu tô de olho na namorada com fantasia de diabinha, sei lá...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Por trás dessas letras também bate um coração.



            Alguém, cujo nome não me ocorre, disse há uns 2011 anos que só devemos fazer aos outros aquilo que gostaríamos que fizessem conosco. Julgo justo que seja considerada a Regra Áurea. 



                                            Pedacinho da minha coleção, pra que tava curioso




Na tarde de hoje entrei em outra fria de quatro rodas. Outro motorista estressado (culpa do capitalismo, dá um desconto), dessa vez na volta pra casa. Alta velocidade, virada brusca, freadas capazes de ferir um queixo de aço; um pacote completo. Baixo calão? Você pensa que sabe xingar? Garanto que NADA que você disser vai me deixar mais chocado que os palavrões do profissional que nos transportava. No auge da falta de respeito, um idoso se desequilibrou e caiu. Nesse momento, ouviram do Ypiranga às margens da calçada:
-Ô, Rapaz! Você não está carregando cavalo não, viu?
Sinto informar pessoal, mas essas palavras não têm muita serventia. Tem e não tem, na verdade. Se você tiver porte físico pra tal postura, vá à luta! Mas garanto que isso esconderá o problema até que você tenha a honra de entrar novamente no ônibus do estressado. Se um não lembrar do outro, mais cansaço de alma.
Quase chegando onde quero, falarei antes de Call Center. Tem atendentes ruins sim, eu sei. E sabem o que eu acho que é um dos principais motivos disso? O mesmo motivo do piloto que carrega sem responsabilidade, e do cliente que destrata um caixa de supermercado, por exemplo. Todo mundo esqueceu o que é o SER HUMANO, cara! Não existe mais definitivamente um pouco de disposição de se anular o mínimo que garanta o bem-estar do ambiente. Pense num trem lotado, por favor. Aquelas criaturas desconhecidas se espremendo, com pernas e mãos iguais às suas são... pessoas, ora bolas (dúvidas?).
Somando essa informação pra lá de valiosa com a Regra Áurea supracitada, teremos um convívio um pouco mais sadio, creio. Mas o mais legal que é onde eu realmente queria chegar é no ponto Q da questão. Olha só, pensa comigo: Se tudo é pessoa e atitude, vale mais a pena um curto diálogo discreto com o trabalhador mau, ao invés do berro anônimo do fundo do ônibus ( inútil para mulheres, idosos e magrinhos ou gorduchos (  0/ ) . Afinal de contas que mal-presta, mal-presta algo a alguém. No nosso caso, serviço mal-prestado a nós. Eles podem estar tendo um dia ruim igualzinho ao seu, compreensível. Mas daí a nos fazer mal é outro lance. Um aviso, um contato, um pedido respeitoso para alguém que está sem cabeça pra pensar em Respeito, deveriam ser o primeiríssimo passo antes de qualquer outro. Se não der certo, lembre-se que acima desse(a),  tem outro(a) PESSOA, com nome, tempo de empresa e poderes bem maiores que os seus. Se essa PESSOA toma conhecimento de que algo não vai bem, ela chama o indivíduo, esclarece, e resolve. Uma carta à empresa então, faz milagres.
Você acha que dessa vez perdeu tempo lendo o post? Não sei. Se você já sabia que quando um motorista te deixa a pé não foi um automóvel, ou que quem desliga o telefone “na sua cara” não te reconhece como pessoa, pode ter sido ao menos um bom lembrete. Aposto nisso. Comente algo, é ótimo ver a galera interagindo. Pedido de Rodrigo Varanda para leitor. Mas por favor, vá com calma! Concorde ou discorde lembre-se antes que essas palavras, e os possíveis comentários, foram escritos por pessoas que erram, acreditam, temem, dormem, sentem. Iguais a você e eu.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Sobreviventes

                                                Fotografia de Antônio Diemes



Parabéns, leitor, você merece. Comecei a pensar assim hoje à tarde (ou ontem pra turma do “meia-noite já é outro dia”), diante de um relógio-termômetro daqueles. Marcando 40°C às 14:50, juro que a primeira coisa que me veio à cabeça foi “Ainda bem que já passamos das 14:00, o Sol já está mais fraco. Eu sobrevivi!” Detalhe: Eu estava na rua desde umas 13:30... Fui comprar umas coisas e acabei decidindo curtir uma praia noturna, de modo que seria ideal pegar minha viola emprestada antes de voltar pra casa e tomar [outro] banho pra sair de novo. Marquei com meu amigo, que levou prontamente o instrumento, e voltei pra casa.
Já com o bronzeado garantido pelo simples fato de ter ido à feira, me preparava pra curtir meu “novo” hobby antigo mais uma vez. Antes de sair pra nadar um pouco, lembrei: A hidratação antes é fundamental, mesmo à tarde, oras! E na geladeira busquei um bocado de água fresca pra levar. Não tinha. Todas a garrafas estavam quentes. Não por maldade de alguém da casa, mas porque 4 garrafas não estão mesmo dando vazão nessa maravilhosa e incomparável onda de ataques térmicos de certa estrela gigante que ilumina o dia do planeta Terra, o Astro Rei, o Sol.
Pelo que parece nosso amigo está fazendo hora-extra. Acho que ele descobriu algum botão pra liberar calor mesmo quando está gratinando o outro lado do globo, só pode. Minha base pra crer nisso é o calor nosso de cada noite. As temperaturas continuam muito altas mesmo muito depois do crepúsculo – sem piada de vampiro, ok? Falando em pôr-do-Sol, notei hoje que até os aplausos estão menos vigorosos no Arpoador. Na verdade, o que ouvi um dia desses foi um “Ufa!” coletivo. Um coro. Uníssono. Considero compreensível, pois está simplesmente insuportável! Entrei no mar já na quase-noite e um rapaz brincou comigo: “-Quentinha a água, né?” Se eu respondesse o que pensei no ato, eu seria um grosso, mas foi algo do tipo “O quê NÃO está quente nessa cidade, meu rapaz?! Entra logo nesse caldo de sopa pelando, antes que evapore...” Mas não disse. Apenas sorri e curti meu banho de águas salgadas e termais.
Depois de um fim de tarde delicioso onde, costumeiramente encontrei pessoas boníssimas, a saber, senhor William e seus sempre ótimos amigos, chegou a hora de chegar em casa pra curtir meu banho quente. Não por opção, mas é que mesmo morando num prédio com centenas de moradores, nosso vingativo carrasco de fogo parece ter pensado em tudo e colocou nossa caixa d’água por uns 17:00 no microondas. Mesmo de madrugada NUM PRÉDIO COM CENTENAS DE MORADORES, o chuveiro desligado a água sai... quente.
Vou apelar pra fé, que a fé não costuma faiar* .Ora, se há um santo responsável pelos dias chuvosos, certamente tem um responsável pelos ensolarados. Filosófico, mas pra mim faz sentido. Alguém sabe o nome real do canonizado que por ora chamarei de São Quem das causas bronzeadoras? Eu quero mesmo reclamar! Ah, antes que venham os julgamentos de nunca estarmos satisfeitos blábláblá, informo: Eu não sou o tipo que reclama dos dias de chuva e depois dos dias de céu aberto. Minha opção sempre foi céu aberto. Mas até eu tô achando o Sol muito nervosinho com os brasileiros... Será que esqueceu de toda a homenagem feita pelos ancestrais indígenas, senhor Guaracy**? Olha a ingratidão, hein?! Só não me prolongo nessa bronca porque estou com calor nesse momento, transpirando demais... Vou beber alguma coisa refrescante, chupar gelo, se tiver... e que venha mais um banho... quente.




*Citação em itálico: Andar com fé, Gilberto Gil.
** Guaracy é o nome indígena do Deus Sol aqui na terra do escambo, Brasil.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pelo carinho.


Saudade eu já sentia há algum tempo. Do grupo inteiro, confesso. Lembro quando troquei de turno no trabalho. As “grávidas do mal” achavam que eram rainhas na sala de vídeo chamada de ‘Show Room’ pela empresa. Ainda mais por eu ter vindo da noite, tinha essa rixa, essa briguinha estranha. A galera da manhã se achava melhor, parece. A mesma empresa, a mesma função, o mesmo salário, mas se achavam melhores. No caso das grávidas era mais grave. Elas não trabalhavam e ponto. Antagônicas, antiéticas, antipáticas, antas. Isso, tenho mágoa delas. Exceto de uma.                      Jovem, muito EDUCADA e com MORAL EXCELENTE, Ana foi uma das primeiras a me receber bem no novo horário. Entre rumores que nossa atividade estava prestes a ser extinta, ela sempre fazia humor com as coisas do seu dia-a-dia; deu errado, virou piada. Declarava-se uma exímia jogadora de futebol, mas sua carreira foi interrompida por um sonho de mulher: Aninha seria em breve mamãe (em dia com a moral que citei, engravidou de seu ESPOSO). Quando a conheci já era uma grávida, mas uma grávida do bem.
A saída de Ana P. de nosso convívio para a licença maternidade quase coincidiu o tal término das atividades de nosso setor. Ela não estava presente e não viu com os próprios olhos aquilo que se especulava tanto, mas em compensação pelo que se sabe teve um lindíssimo Rian, que tanto sonhou. Só não deu pra gente ver porque, como já falei, o setor acabou. Vamos ficar nessa vontade por ainda mais um tempo... E isso está doendo demais...
 Hoje, depois de um dia cheio, recebi a notícia que tem mais coisas que minha amiga não vai ver e nem saber. Acontece que  alguns caramujos - que até já estrelaram algumas piadas da jovem – estavam incomodando em número, mesmo por que são conhecidos transmissores de doença. Na tentativa de destruir um número massivo de animais, ela tentou atear fogo, mas foi surpreendida com as chamas voltando-se contra ela, por estar, pelo que sei molhada com o combustível. 90% do corpo foi atingido pelas labaredas e ela foi hospitalizada. A fase da raspagem foi dura e nossa amiga que fez parte desta minha história não resistiu. Ela está descansando profundamente de toda essa loucura que estamos vivendo.  Brigas por nada, egoísmo infinito... Ninguém que eu conheça voltou desse sono prolongado pra dizer o que acontece. Mas sem pressa, sei que todos um dia descobriremos. Amigos: Álcool e direção não dá certo, sexo sem camisinha, atividade física não-orientada, drogas ilícitas, cigarros... Pensem, por favor. Pois quando algo dá errado dói demais. Pra quem fica, inclusive.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Tornado em Nova Iguaçu

      Jogaram sofá no riacho, deixaram pacote de biscoito na praia, "varreram" a calçada com mangueira, foram 'ali comprar pão' de carro e pelo que parece, colocaram no futebol ou BBB toda vez que anunciaram que haveria reportagem sobre nosso planeta. Não tem surpresa NENHUMA. Agora é só colher e comer os frutos; satisfeitos e calados. Parabéns, Raça Humana!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O doce, a noveleira (e a moral, onde fica?)

Tenho uma prima que adora novelas. Até aí, nada incrível. Todos conhecem alguém próximo que ainda curte acompanhar as novidades das “vidas” dos personagens de teledramaturgia enquanto janta. O que torna o caso desta minha parenta muito especial é a dificuldade dela em assumir que gosta. A pobrezinha tem a constante preocupação em falar muito mal deste tipo de programa. Que novela só ensina besteira, só tem gente pelada, violência, bla bla bla...
Isso se dá devido à sua religião, que prega fervorosamente contra as imoralidades que a noite traz pelas antenas e cabos de Tv, em especial na programação nacional. Rita , que leva muito à sério os ensinamentos que está aprendendo, faz cara de pesar quando escuta o tema de abertura de alguma novelinha. Desliga o televisor e se tranca no quarto. Isso é tudo que a gente vê. Estranho pros outros, mas eu sei o que acontece lá dentro e como tudo começou.
Não tem ainda 15 dias a vez que tive a sorte grande de flagrá-la assistindo a das sete. Ela não sabia que eu estava em casa, dormindo, porque ganhei uma folga no meu emprego. Certo de que ela ia pra igreja naquela noite, deixei meu sono fluir naturalmente. Até que um barulho na sala me incomodou e levantei pra ver o que era. Rita estava tão concentrada na tela da TV que nem me percebeu. Chegava a falar sozinha. “Geeeeeente”, ela desabafava consigo. Aí não resisti e me fiz presente:
-ENTÃO VOCÊ CURTE ESSA NOVELA TAMBÉM, HEIN, DONA RITA?

Que pulo! E cata controle dali, e controle que cai no chão, e gagueja:
           
- Eu não! Eu, nada...?! Novela? Que novela?! Eu n-n-não tô vendo... isso! Eu pensei que era propaganda...

Cara, que coisa mais triste, apesar de engraçada. Tem algo pior do que uma
pessoa não assumir um assunto nem pra si mesmo? Ficar se escondendo das outras pessoas achando que assim não está fazendo o que “não devia”? Claro que já cometi erros assim. Certa vez, por exemplo, um arroz doce que foi preparado no auge da dieta que eu fazia, trouxe-me grande perturbação. Toda aquela atração reprimida me fez atribuir todos os males da humanidade à inocente sobremesa cremosa, feita com tanto carinho pela minha avó (que não entendia tanta brabeza minha por causa de um docinho). Aquecimento global, corrupção, guerras históricas, extinção dos dinossauros, a mordida do fruto proibido no Éden... Tudo culpa daquele doce gostosão.
Vivendo e aprendendo. Vendo a felicidade de todos que o provaram, levantei na madrugada. Certifiquei-me que todos os olhos da casa estavam cerrados e gatunamente fui até a geladeira. Só restava um pedacinho muito pequeno, mas tão valioso quanto ouro. Acho que se me ofertassem aquele mesmo peso em ouro naquela hora pra não comer o arroz doce, eu rejeitaria. Prato grande, porção pequena de doce, sede ao pote... Aconteceu o pior possível: Caiu no chão e fez um escândalo e todos acordaram. Que vergonha. Nunca fui proibido de comer nada aqui em casa, e tive medo de ser julgado “indigno” por aceitar de bom grado uma coisa que tanto gosto. Entendi que muito pior foi me sentir um falso-moralista ao ser descoberto com a boca na botija quebrada.
Paralelo traçado, eu e minha prima tivemos o mesmo azar: Fomos flagrados fazendo “escondido” aquilo que repreendíamos publicamente. A diferença é que Rita continua bancando. Comprou há uns 4 dias um celular com TV que tem uma imagem muito ruim no quarto dela. E enquanto o pessoal aqui de casa assiste a novela em LCD na sala, na hora da janta, Rita pensa que não há mal nenhum em repreender algo para sua família e curtir aquilo na encolha, sem nenhum humano ver. Mas aprendi na pele que hipocrisia tem perna curta. Melhor aprender a lidar com seus sentimentos logo, prima, porque aposto que Ele não está gostando nada disso. 

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Suicídio

O suicídio é uma coisa tão precipitada... Todo mundo sabe que o dia seguinte pode ser "infinitas vezes" mais maravilhoso!!!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Caninos

Pra poupar seu tempo, assumo logo: Sou um cachorro e gosto de ser bem tratado como tal. Pronto, já posso começar e quem não gosta de cães, pode trocar de página. Qualquer coisa que venhas a ler além dessa linha é por sua conta e risco. Escolha sua.                 Não sei se sou au-au de nascença ou se foi opção. Mas  o que tem pouco tempo é a consciência desta minha sorte. Foi num passeio no Centro do Rio, num museu. Na exposição que visitei havia um ladrilho branco, liso e nele escreveram: “Cachorro não pensa, ama.” Na boa... Curti demais! Sempre simpatizei com o animal, sem notar essa nossa semelhança no comportamento. É perfeito, sei como se sentem! Todos os instintos ficam pra depois. A prioridade é sempre uma certa vontade incontrolável de proteger a criatura amada. É claro que um mínimo de amor deve ser plantado, pra ter o que germinar. Não se planta feijão pra colher goiaba, não é? Pra colher em mim amor, deve-se plantar a semente certa. E esperar pra ver.
Além do mais eu lato e não mordo forte, só de brincadeira. Adoro brincar. Mesmo quando a recompensa é uma bronca de quem amo, é certo o carinho exigido na manhã seguinte – só não pode virar rotina. Minha raça não importa e nem a de quem me cuida. Não é bondade demais, não sou santo. É só um impulso.  Não tenho vergonha disso e não ofende falar. Mas por que esse assunto agora? É que tenho novidades, minha gente: Acordei confiante que serei adotado. E sem ter feito promessas! Sou apenas um humilde pacote de vantagens que poucas pessoas notam:

-Lato e não mordo;
-Higiene impecável;
-Meu uivo, nas noites de luar é interno.
- o cio... prefiro não comentar, kkk!

            Por essas e outras, deixo uma dica aos que tentarem eventualmente roubar a alegria de outrem {sempre (...) aparece no destino uma pedra, é a Lei de Murphy aplicada aos [nossos] pés*}: Cachorro não é xingamento sempre. Aliás, xingar pra quê? Seria bem mais simples dizer: “Olha, estou de mal com a vida e quero muito que você fique igual a mim.” Isso simplifica as coisas. Dependendo do bom grado, a pessoa pode até ficar carrancuda no ato, sem perguntar o motivo. Só pra te agradar, assim como faz o cão...


 Au au!


* Trecho da música  "Começa com C, termina com A". Da Banda Pax Vobis. Que vc pode ouvir clicando no link imediatamente abaixo do nome deste blog.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Pro afeto.

Lembra-me apnéia a abstinência.
Prendo o quanto posso essa vontade
até por fim a cara ficar roxa.

Vou até o limite e de repente
um golpe violento da saudade
Fere o peito e o mesmo sangra dentro

E mesmo que uma droga inventassem
posso afirmar seguramente
que nada cura como seu abraço.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Perícia

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O legista examinava o cadáver e notou
que o coração estava muito espremido na hora do óbito.



Laudo: Morreu de saudade.











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"Poema curto" de Rodrigo Varanda. Postado em 05/01, porém sentido em 31/12/2010 às 00:01

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A loka!

Eu descobri há algum tempo uma coisa e até quero compartilhar com vocês, mas antes exijo um juramento dos leitores homens. Vamos, leia em voz alta: Eu, __________________ ( diga seu nome)  Prometo que NUNCA usarei esta incrível descobertas pseudo-científicas em fase de teste para o mal, pois estou ciente que pode causar danos à minha saúde e integridade sexual, inclusive. Trato feito? Começo.
Sempre fui, modéstia à parte, um bom observador. Criado pela minha mãe e com a casa sempre cheia das amigas dela, a conversa ia noite afora em volume alto, não tinha como não ouvir as conversas. Fui crescendo e tive a oportunidade de conviver com mais exemplos de mulher. Trabalhadeiras, desempregadas, engraçadas, tranqüilas, teimosas, prendadas, obstinadas... Incríveis mulheres. Tem também as idosas da minha vida, como alguns de vocês sabem. Mas noto que todas elas (de todos os lugares, idades, cores, aromas) têm uma coisa apavorante em comum. Antes fosse o que as cabeças mais maldosas pensaram nesse momento. É algo tão realmente terrível, que me vejo obrigado a alertá-los, rapazes. Trata-se de uma versão muito assustadora de cada uma delas. Isso é tão sério quanto encontrar ocultismo na letra das músicas que deveriam ser só para baixinhos. Ou como escolher o Yori “incorporado” no TKF... Só que pra chegar nessa versão estranha da mulher é tão fácil que pode acontecer sem querer. Senhores, alerto novamente: Façam o que fizerem na hora da raiva, não unam em sua pronúncia as letras a seguir: L-O-U-C-A ou sinônimo da palavra formada. Pode ser fatal. Já ouvi mais de uma pessoa dizer que viu no jornal o caso de uma moça, doce como brisa de beira de praia, transmutando-se num cachorro do mato extremamente feroz e depois saltar do térreo ao terceiro andar, num prédio do Recreio dos Bandeirantes. Saltou e alcançou em cheio a jugular do ex-noivo que disse que ela era maluca lá de cima, acreditando que estaria a salvo das conseqüências. Não é tão simples assim.
Desculpem meninas. Como disse antes, amo vocês pacas, mas é como Gremmlins, eu acho. Vocês mesmas não sabem o demônio adormecido no meio de toda essa serenidade. E pior, tem mina que parece não lembrar de nada e ainda nos desmentem! Teve uma outra que queria entrar na casa de Heitor, um amigo meu. Ele negou e ainda gritou lá de dentro: Louca! Pra quê? A menina diante da porta ficou peluda, com a voz bem grossa e começou a soprar, soprar e soprar. A casa veio ao chão. A dele e a de seus 2 irmãos.  Conta-se essa história até hoje, mas de um modo um pouco distorcido. E ela lembra? Nada, disse que naquela tarde fora apenas visitar sua avó, até onde lembra.
Está dado o recado, mein Freunds, se a briga com a patroa, mãe, esposa, filha, cunhada esquentar, não pode chamar de louca não. Os resultados são piores que qualquer palavrão que você possa dizer. Garanto por experiência própria, por já ter cometido essa asneira. Vivi por sorte ou por destino. Pra passar esse conhecimento a vocês: Por mais que o sangue esquente... MALUCA ou LOUCA não.